“Até quando, Senhor? Para sempre te esquecerás de mim? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
Até quando terei inquietações e tristeza no coração dia após dia? Até quando o meu inimigo triunfará sobre mim?
Olha para mim e responde, Senhor meu Deus. Ilumina os meus olhos, do contrário dormirei o sono da morte;
os meus inimigos dirão: “Eu o venci”, e os meus adversários festejarão o meu fracasso.
Eu, porém, confio em teu amor; o meu coração exulta em tua salvação.
Quero cantar ao Senhor pelo bem que me tem feito (agora e para sempre).” Salmos 13
“Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.” Pergunto-te onde se acha minha vida, Cecília Meireles
“As vezes ouço um ruído, que parece-se com sua voz.
As vezes sinto um arrepio, que lembra-me da tua presença.
As vezes sinto um alívio, aquele conforto inexplicável, só porque sei que me amas.
Por ter acesso a esses suspiros de vida que vale à pena ter nascido.” eu inspirada na frase original de Fernando Pessoa
“As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.”